Hoje estou muito saudosista.
Tenho saudades do tempo em que por se aumentar 20 escudos a portagem de uma qualquer ponte, erguia-se a maralha e marcava-se o dia e a hora para rebentar com a ponte. Eramos todos uma família, doutores, engenheiros, pedreiros, traficantes do Casal Ventoso, padeiros, camionistas e cada um com a sua buzina, buzinava-se até atingirmos o número de decibéis necessários ao desmoronamento da ponte. O senhor que mandava na altura era o nosso mui estimado, hoje sacrificado e depauperado Presidente Cavaco Silva, na altura odiado 1º Ministro e salvador da função pública. Mas os tempos são outros, de marasmo, de come e cala. Estou aqui a imaginar que à noite, quando se vai deitar, deve dizer para a Maria: "Lembras-te Maria, do tempo em que eu era governo e não podia dar um peido que vinha logo a ralé toda para a rua a chatear-me os cornos??? Até o raio dos polícias armaram escarcéu... secos e molhados... hoje encolhidos ah ah ah! Quem me dera hoje ser Primeiro Ministro, o Passos Coelho nem sabe a sorte que tem..." e responde-lhe a Maria: "Mas tu estás parvo homem?? Deus me livre... além disso a tua coluna já não aguenta, lembra-te que só os lobbies fizeram-te três hérnias discais. Não estou para andar aqui de arrastadeira na mão por não poderes ir à casa de banho."
Vou entrar em contato com o camarada Otelo, parece que é o único que está disposto a contribuir para o esforço de guerra (o gajo pela-se por umas explosões) a ver se o convenço a delinear um plano de ataque.
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